Em 28 de abril de 1870, era aprovada a Constituição Dogmática “Dei Filius” e, em 18 de julho do mesmo ano, foi proclamado o Dogma da Infabilidade Papal (“Pastor Aeternus”).
É o que é narrado em uma antiga biografia de Santo Antônio Maria Claret (1807-1870), que durante o Concílio Vaticano I, havia um plano das lojas maçônicas e dos inimigos da Igreja, de matar os bispos conciliares por meio de uma explosão.
E isso só não aconteceu, porque um dos executores do plano, ficou gravemente doente e se converteu no hospital, revelando secretamente a um padre, o plano e o lugar onde estavam os barris de pólvora, com a promessa se ele melhorasse de impedir o plano, ou se morresse, do confessor realizá-lo.
No fim o bandido morreu, e coube ao confessor impedir o nefasto plano, encontrando assim os barris de pólvora e o Concílio seguir adiante.
Muitos consideram que o confessor, foi, na verdade, Santo Antônio Maria Claret, que narra esses fatos em suas notas; afinal o mesmo participou do Concílio e que durante sua estadia em Roma, não cessava como sempre fez, de visitar os hospitais para confessar e ministrar a extrema-unção; e que providencialmente encontrou o criminoso.
Essa história, nos leva a uma conclusão: que devemos ter fé, e renovar nossa adesão a Nosso Senhor e sua doutrina, mesmo em tempos turbulentos na vida da Igreja e do mundo, que aparentemente os planos dos maus e da iniquidade triunfarão, mas que no fim, a palavra final é do Senhor e de sua Divina Providência.
(A biografia citada é o livro: “Santo Antônio Maria Claret, do Pe. Dr. João Echevarria CMF, pág. 364-5, 2° edição, 1962.)
O ANTICONCÍLIO MAÇÔNICO DE NÁPOLES (POR DOM CASTRO MAYER):
Em 8 de dezembro de 1869 abriu-se em Roma o 1º Concílio do Vaticano. No mesmo dia, Giuseppe Ricciardi, deputado da Sabóia, tentava inaugurar – porém, só conseguiu no dia seguinte – em Nápoles o “Anticoncílio Maçônico”, ao qual aderiram maçons de toda Europa. Destacam-se Victor Hugo, Edgard Quinet, Michelet e notadamente Giuseppe Garibaldi, o homem da destruição do poder temporal dos Papas. Pio IX tencionava firmar a Fé do povo católico contra o Racionalismo e o Naturalismo, implantados pela Revolução Francesa. A Maçonaria pretendia obviar a obra de Pio IX. Ricciardi sintetiza a tarefa do Concílio Maçônico nesta frase: “à cegueira e à mentira representadas pela Igreja Católica, particularmente o Papado, fazia-se uma declaração de guerra perpétua em nome do sagrado princípio da liberdade de consciência”.
Dia 16 de dezembro de 1869 o Concílio maçônico publicava suas resoluções: autonomia do Estado face à Religião, abolição da Religião de Estado, neutralidade religiosa do Ensino, independência da Moral diante da Religião.
A revista italiana católica “Chiesa viva” em seu número de novembro de 1984 dá o seguinte balanço, ao relacionar o anticoncílio maçônico de 1869 e o 2º Concílio do Vaticano, realizado menos de um século depois:
“A quem considera, entre os documentos do Vaticano II, o parágrafo 75 da constituição “Gaudium et spes” e de modo particular, a declaração “Dignitatis humanae” sobre a Liberdade Religiosa, não pode não perceber que este concílio acolhe todos os mais importantes princípios do “Anticoncílio” de 1869, do qual, em conseqüência, queira-se ou não, vem a constituir-se a continuação ideal, na oposição ao Vaticano I e ao Sílabo”.
E mais uma vez se registra que o Vaticano II está no centro da Crise da Igreja.
Fonte:
Monitor Campista, 10/03/1985
Heri et Hodie, nº 59, novembro de 1988
Notas:
O anticoncílio ocorreu entre os dias 9 e 10 dezembro de 1869 no Teatro S. Ferdinando de Nápoles. A abertura deveria ocorrer no dia 8 de dezembro, contrapondo o Concílio do Vaticano, porém não foi possível pela forte pressão exercida pelas autoridades e abriu com um dia de atraso.
No dia 10 de abril, durante a segunda sessão do anticoncilio maçônico de Nápoles, a mesma foi interrompida através do protesto de Católicos, alarmados pelas fortes declarações políticas contidas em algumas intervenções.
As diretrizes do “concílio liberal vaticano II (1962-1965)” foram fomentadas neste anticoncílio maçônico de Nápoles (1869):
1) Liberdade religiosa e maneiras de torná-la completa e segura;
2) Separação entre Igreja e estado (estado laico, ou seja, estado ateu);
3) Necessidade de uma moral independente das crenças religiosas;
4) A organização de uma associação internacional destinada a promover o bem-estar econômico e moral geral.
[ “Além disto, os ‘liberais’ proclamaram a liberdade contra a autoridade religiosa; a independência do homem contra a autoridade da Igreja e do estado; a união do povo contra a aliança entre os governantes e o Clero; uma escola livre do ensino religioso; o direito contra o privilégio; o reconhecimento somente do que a ciência e a lei conseguir provar; proclamaram o homem livre e soberano em um estado livre da Igreja como religião oficial; e a mulher deve ser livre dos obstáculos que a Igreja e a legislação se opuserem; e afirmam a necessidade de uma educação livre de todas as formas religiosas, uma vez que a moral é completamente independente da educação religiosa.” ]
Imagem:
“Medalha comemorativa do anticoncílio maçônico de Nápoles – 8 dezembro de 1869:
– EM ROMA: Pio IX com os bispos para sancionar o Dogma da Infalibilidade Papal no poder temporal;
– EM NÁPOLES: Pensadores livres que concordam contra o fanatismo e a intolerância da Inquisição.”
ESTADOS PONTIFÍCIOS x TRATADO DE LATRÃO
A eclosão da Guerra Franco-Prussiana, no dia 19 de julho de 1870, obrigou muitos prelados que participavam do Concílio Vaticano I a regressarem às suas pátrias. A ocupação da cidade de Roma sobreveio no dia 20 de setembro de 1870, aprisionando por quase 60 anos cinco papas – o primeiro Pio IX e o último Pio XI foram aprisionados parcialmente, já que o Papa Pio IX reinava desde 1846 e permaneceu aprisionado de 1870 até o final da sua vida terrena, em 1878, o Papa Pio XI foi entronizado em 1922 e ficou aprisionado até 1929, quando assinou o Tratado de Latrão com o Mussolini; porém, os papas Leão XIII, São Pio X e Bento XV estiveram aprisionados durante todo o período os seus pontificados.
Embora desde 1860 a Itália já estivesse tomada pelos inimigos da Santa Religião, eles ‘esperaram’ 10 anos para ocupar a cidade de Roma durante os trabalhos conciliares. E quando ‘devolveram’ as Terras Papais em 1929, através do Tratado de Latrão, os usurpadores que haviam tomado os Estados Pontifícios que pertenciam à Santa Igreja Católica há mais de 1000 anos, com uma área de 41.740 quilômetros quadrados (13,85% do território da Itália), restituíram o Estado do Vaticano com uma área de apenas 0,44 quilômetros quadrados (algo em torno de 44 quadras, do tamanho de um bairro), ou seja, apenas 0,001% do território anterior, tornando-se assim no menor país do mundo! A Guerra Franco-Prussiana tornou impossível a continuação dos trabalhos do Concílio Vaticano I, e assim o Papa Pio IX suspendeu os trabalhos no dia 20 de outubro de 1870.
O Papa Pio IX nunca reconheceu a falsa Corte Italiana e chamava seus líderes de usurpadores. Tornou-se prisioneiro no Vaticano, não saindo da Santa Sé até a sua morte.
Os inimigos da Santa Religião, gritam “liberdade, fraternidade, igualdade ou morte”, esta última parte eles omitem, pois serve apenas para quem descumprir o lema, este maldito lema foi anotado até por Francisco na encíclica Tutti Frutti. Ah não! É “Frateli Tutti” de 2020. Mas, o grito da moda atual é “liberdade, liberdade e liberdade”, mas esta liberdade seria para quem? Com certeza para os inimigos de Cristo e da Sua Santa Religião, além de seus inúmeros erros! É claro! Pois já desde os tempos do Império dos Bodes, que destronou Cristo no nosso país entre os anos de 1822 a 1889, sob as asas do maçom José Bonifácio, que já se falava desta tal e estranha liberdade inimiga da Fé e da Moral.
O Concílio Vaticano II clamou por esta indigesta liberdade, os políticos há tempos clamam por esta tal liberdade, Bolsonaro só falava desta famigerada liberdade. Mas esta liberdade é para quem e para o quê? Para as falsas religiões e para os erros! Vocês precisam entender uma coisa, se todas as religiões com as suas doutrinas contraditórias fossem verdadeiras, o Bom Deus seria mentiroso, o liberalismo religioso foi criado para confundir as almas, e gerar apostasia!