SÃO FRANCISCO DE ASSIS (04 DE OUTUBRO)
São Francisco de Assis foi suscitado por Deus para trabalhar com São Domingos de Gusmão no ressurgimento moral do mundo, numa das mais perturbadas épocas da História. Nasceu em Assis na Úmbria. Recebeu no Batismo o nome de João, que seu pai lhe trocou por Francisco, pelo fato de o encontrar nascido no regresso duma feliz transação comercial que operara na França. Na adolescência tentou a carreira das armas, e em breve a dos prazeres, por onde já ia perdido, debalde buscando com que enchesse a alma, quando ouviu ler aquilo do Evangelho: “Não leveis nem ouro, nem prata, nem túnica para mudar”. Ouviu, e ouvindo foi entrar em si e logo mudar de vida, e começar de pregar a paz e a penitência aos seus compatrícios. Em breve se viu cercado de numerosos discípulos seduzidos como ele pelo mesmo ideal de pobreza e incendiados pelo mesmo ardor da conversão dos povos. A estes homens doou ele uma regra, o seu testamento, sancionado em 1209 por Inocêncio III. Pouco depois obteve dos beneditinos a pequenina Igreja da “Porciúncula” (Santa Maria dos Anjos) onde estabeleceu o berço da nova ordem religiosa. Tão rápida foi a eclosão desse pequeno centro de vida nova no meio dum século que precocemente tendia para a velhice, que no capítulo geral reunido ainda pelo Santo dez anos após a fundação, compareceram 5.000 frades. Querendo que eles que se considerassem os mais pequenos e humildes dos religiosos, São Francisco determinou que se chamassem “Os Frades Menores”. Ao lado desta Ordem fundou a das Senhoras pobres, ou “Clarissas”, como vieram a chamar-se depois, do nome da primeira religiosa Santa Clara. Finalmente, em 1221, instituía a terceira ordem para as “pessoas do mundo”, chamada da “Penitência”, à qual os Sumos Pontífices particularmente Leão XIII, lhe pertencia, prodigalizou sempre os maiores favores. São Francisco enviou os seus discípulos à França, Alemanha, Espanha e continente Africano, e ele mesmo tentou passar à Palestina e a Marrocos, mas a Divina Providência deteve-o no caminho. O amor divino de que andava sempre abrasado mereceu-lhe o epíteto de seráfico. Morreu no dia 04 de outubro de 1226 ao terminar o Salmo 141: “Libertai, Senhor, a minha alma, para que vá cantar os vossos louvores”.